segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Desastre silencioso para qualquer alma orgulhosa

Ele vem como uma faca, me abre,me expõe, deixa à mostra todos os sentimentos que eu tento com tanto sacrifício esconder.
Ele surge do nada, e por isso destrói. Nem me permiti guardar algumas coisas, ou fazer meu kit de primeiros socorros.
E o fim dele não é determinado. Podem ser cinco minutos ou uma noite inteira. Pode ser intenso, escandaloso, pode ser quieto, tímido. Não importa a forma, sempre é forte.
Não há postura que resista, não há sorriso que o reprima. Ele devasta qualquer orgulho.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Música

A criança e o pai estavam no quintal da casa. A criança, sentada no degrau que dava acesso à casa, olhava o pai tocando violão, quando de repente o violão saiu do colo do pai e começou a tocar sozinho.
A criança ficou admirada ao ver tudo aquilo e ficou ainda mais surpresa quando as cordas do violão se transformaram em braços e o violão a convidou para dançar com ele. A música era animada e a dança divertida. Eles riam muito. Vendo tudo aquilo, a cadeira, as flores e os vasos com plantas também se animaram e começaram a dançar. Fizeram ciranda, pularam, brincaram de estátua, aproveitaram ao máximo o momento.
O tempo passou rápido e assim anoiteceu, por isso, a criança, o violão, a cadeira, as flores e os vasos com plantas sentiram sono. A cadeira, as flores e os vasos com plantas foram para seus lugares habituais e ficaram quietinhos lá. O violão se silenciou e voltou para o colo do pai, e a criança disse ao pai que queria dormir.