sexta-feira, 21 de abril de 2017

Novos tempos, vontades antigas

Tenho este blog há um milhão de anos. A foto atual é de quando tinha 16 anos, acredito. Faltando quase seis dias para os meus 25, sinto que preciso atualizá-lo.

O fato é que os anos passaram, muita coisa mudou, mas a vontade de escrever permanece. Não sei bem sobre o que escrever ou para quem ou porquê, mas quero muito.

São tantos temas, tantas possibilidades, mas tenho aquela sensação de "What the hell are you doing?". Não quero escrever sobre mim e  meu cotidiano, para isso tenho diário e as malditas redes sociais (das quais tenho tentado e conseguido me afastar, amém). Não quero falar de política, até porque não saberia fazer análise de nada, nem tenho acompanhado as notícias de forma decente para dar qualquer opinião.

Queria mesmo era falar de comunicação, que é a minha nova grande paixão. Mas preciso ler e aprender muito ainda. Quem sabe um dia!

É, não sei. Contudo, entretanto, todavia, digitar estas linhas me traz uma paz tão boa... acho que vou falar de besteiras e deixar rolar. Afinal, ao menos uma coisa na vida precisa ser feita de forma leve, né não?

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Missão

Recentemente, revisitei minha infância em busca de meus sonhos. Achei-os. Resgatei-os. E não pretendo nunca mais abandoná-los. Nos últimos tempos, me deparei com a vida. Passei a entender a finitude dela, a pacatez e que ela se distancia muita da vida de cinema. Mas na verdade, verdadeira, percebi que a vida de cinema não é bem aquilo que quero pra mim. Sei lá eu o que quero pra mim, por causa disso fui atrás dos meus sonhos da infância, aqueles em que tudo é possível, em que nem o céu é o limite.
Às vezes é necessário ir além de tudo, principalmente quando precisamos nos reconstruir. A criança que fui não tinha medo de nada, não achava  nada impossível e não queria nada mais além de tudo. Resgatar os sonhos dessa menina me deu o ânimo pra enfrentar o mundo esquisito que surgia na minha frente.
Voltei a querer o mundo, mas não do mesmo jeito, não com o mesmo vislumbre que imaginava tão legal. Quero tudo e pra ter tudo, preciso gostar do mínimo, do simples, dos detalhes. Em vez do brilho de glitter, quero o brilho dos olhos das pessoas.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Sei tão pouco das pessoas

Olhos, cabelo, corpo. Sei tão pouco das pessoas.
Um olá, um adeus, um até logo. É só disso que sei.
Sua vida, sua história. Só trechos.
Seus pensamentos? Aí que não sei.
Me perguntaram num teste que  poder queria ter. Disse viajar no tempo. Mas agora, pensando bem, a alternativa certa era ler pensamentos. Nem é pra ficar fuçando vida alheia. Pra isso tem o facebook.
Só queria saber como fazer a conversa sair do be-a-bá de sempre. Queria uma história nova, algo sur-pre-en-den-te.
Sei tão pouco das pessoas e sei que só quem perde com isso sou eu.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Inquietude

       Ela acordou num lugar sem luz, sem relógio, sem portas.
       Estava deitada no chão, que não era gelado ou quente, uma temperatura confortável e constante.
       Não era capaz de enxergar o que estava a sua volta. O silêncio era enlouquecedor.
       Ela estava muito assustada. Sentia que estava sozinha, mas não podia afirmar. Tinha medo de se levantar, de mover seu corpo, de falar. Tinha medo de respirar. Talvez cada respiração significasse menos oxigênio disponível.
       Só lhe restava dormir. Mas e se morresse dormindo e nem percebesse?
       Ficar de olhos abertos não era uma boa alternativa. Os olhos se cansavam de não conseguir captar uma luz naquele breu. A falta de lubrificação os fazia arderem.
       Só lhe restava dormir. Mas e se morresse dormindo e nem percebesse?
       Começou a inventar histórias para que aquele tempo infindável passasse. O tempo infindável a deixava em pânico. As histórias perdiam o sentido. Seus pensamentos eram tomados pela única idéia de que o tempo não passaria ou passaria sem que ela pudesse vivê-lo.
       Nisso, começou a pensar há quanto tempo já estava ali. E se ela morreu e não percebeu?
Tédio imenso.
das Pessoas.
que são Instrumentos.
para a continuidade da Mesmice.
da vida.
Vida, vida, vida.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Estagnação

Nunca tive um hamster, mas todos temos na cabeça a imagem de um andando naquela roda. E nesse momento, essa imagem tem sido frequente na minha vida, isso porque eu me sinto um hamster. Por mais que eu me esforce, que eu corra, que eu mude de alguma maneira, eu não saio do lugar. E eu tento sair daquela roda, mas sempre algo faz eu voltar pra ela. É muito angustiante. Muitas vezes espero o momento mágico em que a roda vai parar e todo esse tédio vai passar, mas e se isso não acontecer? Paciência. É fácil falar, no entanto, ninguém tem a fórmula pra alcançá-la. Sofrer também cansa.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Pedaços

Quantos pedaços?
Não é do bolo, é de mim! Em quantos pedaços você me deixará. Toda vez que volta, é uma parte a menos de mim que fica, você me leva junto e eu fico tentando entender o que os seus olhos querem me dizer, mas no fim, eles não me dizem nada, e aí aquele pedaço se esfarela e eu vou me desfazendo.