quinta-feira, 17 de março de 2011

Sem ar

Tá ali. Preso no meio da garganta, atravessado, sufocante e desagradável.
É uma massa consistente de angústia, raiva, impropérios, dor, confusão e cansaço. Está confortável, irritantemente confortável. Não se liberta nem se consome, mas consome a mim.
Respirar é difícil, sofrível. O ar tenta encontrar buraquinhos para sair, mas são pequenos, apertados, só fios de ar conseguem escapar. A respiração se torna ofegante e cansativa. É um momento de desespero.
É uma massa tão incômoda que sua composição se irradia por toda a parte, e toda ela toma meu corpo e minha alma...É mais que um nó na garganta, é toda uma amarração em que não se vê a ponta da corda. É um emaranhado, um labirinto fácil de se perder.

domingo, 13 de março de 2011

Medo do escuro

No escuro tudo pode acontecer. A imaginação se torna ainda mais criativa e vê no breu o pano de fundo perfeito para suas histórias.
Para alguns, o escuro é ótimo, libertador, cheio de possibilidades interessantes.
Pra mim, é assustador. Momento em que os monstros saem dos armários, que a imaginação começa a fantasiar cenas perturbadoras. É a falta de direção, de guia. Não há como saber em que eu estou pisando, o que há a minha frente. Talvez não seja nada, mas eu sempre acho que há algo,e isso vai me agarrar, me sufocar.
Não há saídas, ao menos não encontro nenhuma. Não gosto dessa falta de opção, dessa ausência de plano b.