quinta-feira, 17 de março de 2011

Sem ar

Tá ali. Preso no meio da garganta, atravessado, sufocante e desagradável.
É uma massa consistente de angústia, raiva, impropérios, dor, confusão e cansaço. Está confortável, irritantemente confortável. Não se liberta nem se consome, mas consome a mim.
Respirar é difícil, sofrível. O ar tenta encontrar buraquinhos para sair, mas são pequenos, apertados, só fios de ar conseguem escapar. A respiração se torna ofegante e cansativa. É um momento de desespero.
É uma massa tão incômoda que sua composição se irradia por toda a parte, e toda ela toma meu corpo e minha alma...É mais que um nó na garganta, é toda uma amarração em que não se vê a ponta da corda. É um emaranhado, um labirinto fácil de se perder.

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