O relógio e os passos apressados deixavam o ambiente mais inquietante.
As vozes distorcidas, celulares grudados nos ouvidos, tudo pouco humano.
Os rostos sérios, sem sorrisos, mas com muitas rugas e olheiras, marcas do tempo e do cansaço.
Olhares distantes, talvez relembrando o que nunca vai se realizar. Havia neles uma tristeza dessas que já nascem com as pessoas. A tristeza que vem do mundo pérfido em que vivemos.
Uma sensação era constante e parecia comum a todos: um grito sufocante queria escapar de toda aquela gente, invadindo todo o espaço, derrubando paredes, destruindo o que destruia as pessoas por dentro. No entanto, a rotina mantinha as pessoas no mesmo estado inerte.
PERGUNTAS E RESPOSTAS: SOBRE ABORTO
Há 5 semanas
Um comentário:
Oi! Desculpe, mas a faculdade me consome a vida e estive sumida!
Li seus últimos 4 ou 5 textos, mas este foi o que eu mais gostei. Gostei do modo como vc fala sobre a tristeza, que nasce com a gente. Ficou bonito. E achei muito bonita a construção de frases que parecem culminar numa explosão, mas na verdade, resultam numa inércia total!
Abraço, Elaine
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